Se são muito fortes as cadeias que te seguram, dir-te-ei apenas que deves fazer grandes viagens e fugir para muito longe. Hás-de chorar; os teus lábios hão-de pronunciar o nome da bela que deixaste e, a meio caminho, os teus pés recusar-se - ão a caminhar. Mas quanto menos vontade tenhas de partir mais te deves esforçar por fazê-lo. Insiste e força os pés a caminhar contra vontade. E não peças que chova; não respeites o sábado, como acontece com os estrangeiros, nem Alia, famoso pelo desastre que teve. Não perguntes quantas milhas já fizeste, mas apenas quantas te faltam, nem inventes pretextos para ficares em terras próximas. Em vez de contares os dias ou de fazeres rodeios para descobrires o caminho de regresso a Roma, foge; até hoje, a única coisa que protegeu os Partos dos seus inimigos foi a fuga.
Ovídio,Arte de amar
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Ovídio (romano.s.I d.C)
Publicada por M.A. à(s) 01:50
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