A ROSEIRA DO SILÊNCIO – Durval de Morais
A Santa Tereza de Jesus
Falsas rosas heráldicas da raça,
Rosas do orgulho; rosas assassinas
Do tédio, que meus lábios amordaça
Com os travores de todas as morfinas.
Rosas da tentação, rosas da graça,
Rubras aquelas; estas cristalinas;
Azuis rosas do Amor, de onde esvoaça
O aroma ideal das perfeições divinas;
E vós, rosas fanadas da Saudade:
Todas colhi, na dor e na tristeza
Do turbilhão. Meu desespero vence-o...
E a rosa celestial da Santidade
Dá que eu possa colher, Santa Tereza,
Na Mística roseira do Silêncio.
Maragogipe-Ba, 1882 – Rio de Janeiro, 1948.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
A ROSEIRA DO SILÊNCIO
Publicada por M.A. à(s) 12:06
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