segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

NO PARAÍSO CAMPESTRE – Dylan Thomas

NO PARAÍSO CAMPESTRE – Dylan Thomas


Sempre que Ele, no paraíso campestre
( A quem meu coração escuta ),
Cruza o peito do Leste glorificado e se ajoelha,
Humilde em todos os seus planetas,
E chora na crista que se humilha,

Então no último refúgio e na alegria das bestas e das aves
E no vale canonizado
Onde tudo canta, o que foi criado e já morreu,
E onde os anjos sussurram como faisões
Através das naves de folhas,

A luz e Suas lágrimas caem juntas como orvalho
( Oh, de mãos dadas )
De seus olhos vazios e do céu enevoado,
Ele proclama o seu sangue, e os sóis
Se dissolvem e escorrem pelos ásperos

Sulcos de seu rosto: o Paraíso é cego e negro.


Tradução de Ivan Junqueira

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