Os que têm por ofício lavar as ruas
(madrugam, Deus ajuda-os)
encontram nas pedras, um dia após outro, rastos de sangue
E também os lavam: é o seu ofício
E depressa
não se dê o caso de os primeiros transeuntes os espezinharem
José Manuel Arango
(versão de L.P. -original reproduzido em La poesia del siglo XX em Colombia, edição de Ramón Cote Baraibar, Visor, Madrid, 2006, p. 276).
In http://arspoetica-lp.blogspot.com/2009/06/jose-manuel-arango.html
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